quarta-feira, 2 de julho de 2008

MUDANÇAS

“Em vez de procurar respostas em tratados políticos e soluções militares, talvez agora seja a hora de reconhecê-los como uma ponte para um novo modo de pensar. Parece que chegamos a uma época critica na evolução dos governos e nações, quando o padrão de exigências seguidas pela força simplesmente não funciona mais como há cinqüenta anos. O uso criterioso da força pode servir em incidentes isolados de curta duração. Todas as vezes que fazemos uma “bandagem militar”, todavia, é o mesmo que colocar o dedo num buraco num balão cheio de água. Aquilo que parece ser um “concerto”, num lugar do balão transforma-se em inchaço em outro. É exatamente isto que acontece na política global. Para mudar as coisas que levam a guerra e ao sofrimento em massa, temos de alterar o pensamento que permitiu estas condições.

Vivemos num mundo de consentimento coletivo. As condições das guerras e sofrimento em larga escala refletem os elementos que tornam possíveis essas condições em pequena escala. Por vezes conscientemente e outras vezes não, consentimos que as expressões da nossa vontade grupal surjam em formas de que nem mesmo suspeitamos. Em níveis inconsciente, os nossos pensamentos, atitudes e ações mútuos de todos os dias contribuem para as crenças coletivas que levam às guerras e ao sofrimento do mundo.

A criação, por exemplo, de uma mentalidade que espera a guerra no mundo e se prepara ela só pode surgir se permitirmos esses conflitos na vida pessoal. Quando vivemos episódios de “autodefesa” na vida amorosa e nos relacionamentos pessoais, “ser mais esperto” do que os outros na escola e “passar por cima” de colegas e concorrentes, a física quântica nos mostra que essas expressões individuais abrem caminho para expressões semelhantes, de maior magnitude, em outra época e outro lugar. Para chegarmos à paz mundial, temos de trazer a paz para a nossa vida. Sob a perspectiva quântica, não faz sentido empurrar os outros da nossa frente para conseguir pegar o carro estacionado, depois dirigir atabalhoadamente, passando na frente de todos, enquanto corremos para uma passeata em defesa da paz mundial.”

Texto extraido do livro O Efeito Isaías de Gregg Braden

Nenhum comentário: