quinta-feira, 28 de agosto de 2008

VIVER SEM MEDO DE SER FELIZ

Ontem eu estive em uma palestra de um amigo e foi muito agradável ouvir aquelas pessoas que agora ao recordar cada rosto me chegam mais próxima ao coração.

A palestra deste amigo versava sobre a felicidade.
E eu me perguntei o que leva as pessoas a irem assistir uma palestra sobre a felicidade.

Eu sabia o que eu estava fazendo ali, mas e aquelas pessoas?

À medida que meu amigo nos conduzia a refletir sobre como nós nos sentimos e como vemos o mundo interno e externo nos fazendo pensar sobre qual o nosso papel diante deste sentimento já tão versado, as pessoas iam se posicionando e eu pude perceber o que movia cada pessoa a estar ali.

Ninguém estava lá em busca de uma formula mágica ou a pílula que os tornaria felizes, mas em busca de conhecer um pouco mais de si mesma e de aprofundar neste universo misterioso que temos dentro de nós.

Sendo assim a riqueza deste encontro acabou por ser a profunda troca de informações sobre como cada um sente e vê a felicidade.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi ver como as pessoas têm medo de serem felizes. É como se a nós, seres humanos não fosse dado o direito de sermos felizes.

Mas porque não ser feliz? Porque sentir-se culpado por um sentimento tão maravilhoso e contagiante?

Eu parto do principio que nossa cultura é baseada no sofrimento e na opressão, por isto é natural que o sentimento de felicidade faz com que a pessoa se sinta a margem dessa massificação de sentimento, por isto aqueles que “ousam” serem felizes pagam um preço que é o sentimento de culpa imposto por nossa sociedade.

Esta massificação de sentimentos nem faz com que paremos para questionar e observamos como agimos.

É interessante notar como não nos sentimos constrangidos em socializar o sofrimento, distribuir ofensas, raivas, sentimentos ruins a todos que nos cercam e quem nem conhecemos também, sem sentirmos culpa alguma sofremos, tornamos nossa vida um verdadeiro inferno e contaminamos todos que fazem parte de nossas vidas.

No entanto quando o sentimento é felicidade costumamos prender e esconder este sentimento como se isto fosse próprio de alguém ruim, de que não se pode dar as pessoas o que temos de melhor, não se pode contagiar as pessoas com um bom humor, com sorrisos, com palavras afetuosas.

Muitas vezes esperamos receber das pessoas atitudes que nos levem a ter felicidade, no entanto nem notamos como esta nosso mundo interno e nem o que damos para as pessoas.

Eu concluo que felicidade é algo pessoal, podemos nos sentir felizes ou infelizes se quisermos, é uma escolha, mas ao escolhermos seria interessante procurar ver porque fazemos esta escolha e o que queremos ao fazer tal escolha.

Se eu com minhas atitudes influencio e contagio as demais pessoas então o ideal é tentar entender que tipo de resposta eu espero das demais pessoas e agir nesta direção.

Pode ser premeditado no começo agir em busca da felicidade, mas penso que este caminho é bem melhor do que ficar reagindo sem responsabilizar-se pelo que acontece ao seu redor, e criando ainda mais tristeza e sofrimento.

Viver feliz para mim é uma escolha que podemos fazer a qualquer momento, assim como viver infeliz.

A questão é o que queremos. Continuar a contagiar as pessoas com nossa infelicidade, ou passar a agir para que a vida possa ser mais alegre e feliz?


Tania Santiago

SENTENÇA DE VIDA OU DE MORTE

Há algum tempo atrás um paciente conversava com o médico sobre os sintomas que ele vinha sentindo e pergunta para o médico.
- Então doutor o que eu tenho?
O médico faz aquela cara peculiar de quem se pode esperar o pior e diz:
- Bem pelos sintomas e pelos exames sinto informar, mas o senhor tem um caso de câncer no esôfago.
Aquilo assustou o paciente, pois sabia que por ser raro não teria cura e assim veio a pergunta fatídica:
-Doutor quantos meses eu tenho de vida?
O médico não tão menos fatídico responde:
- No máximo seis meses.
Assim seis meses depois morria o paciente como previra o médico. Seria mais uma história na medicina, mais um entre tantos a morrer desta doença, mas ao fazer a autopsia descobriram que ele não tinha nenhum tipo de câncer.
De que morreu então este homem?
Da sentença de morte dada pelo médico.

Muitos dirão, mas que bobagem, ninguém morre assim, bom esta história é verídica e como ela existem muitas por ai. Existe um numero muito grande de pessoas que estão morrendo apenas por receber uma sentença de morte.
No entanto existem muitos outros casos também comprovados pela ciência de pessoas que receberam a mesma noticia e não aceitaram e ao invés de uma sentença de morte resolveram transformar em uma sentença de vida.

A diferença de uma pessoa que é condenada a morte por um médico e que morre e uma que na mesma, ou condições piores vive é o condicionamento mental, somado ao amor próprio e a fé de que tudo é possível.

Ninguém morre por que o médico quer, ou porque Deus quis, morremos porque assim escolhemos. Este determinismo de ter de morrer é uma escolha pessoal.

A cada dia escolhemos como vamos viver e morrer. Então se somos irresponsáveis com nossas vidas, se preferimos deixar que outros decidam por nós como viver, se nosso chefe, nossos pais, nossos familiares, nossos religiosos, nossos médicos, se nossos políticos determinam o modo como eu devo me sentir, como eu devo viver então também determinam como se deve morrer. São estes deuses de nossas vidas que nos comandam e levam a nossa vida na direção em que eles preferirem, pois nós demos a eles este poder.

Escolhemos o que as pessoas vão fazer com nossas vidas.
Isto não é novo, basta ver como as pessoas influenciam a todo o momento tudo o que fazemos.
Tânia Santiago

Entender isto nos torna responsáveis por nossas escolhas e assim passamos nós a determinar como vamos viver ou morrer...
A escolha é nossa.
Agora qual a tua escolha viver ou morrer?


Tania Santiago

QUEM TEM O PODER SOBRE A TUA VIDA?

Desde que se nasce é no ambiente familiar que se adquire a maior parte das crenças que se leva vida a fora.
Com estas crenças o ser humano vai determinando o caminho que irá seguir, assim escolhendo como sentirá e agirá diante do mundo em que vive, e conforme a crença adquirida no meio familiar escolherá as demais crenças que direcionará todas as áreas da própria vida.

Tenho em minha vida uma experiência que exemplifica o que estou falando.
Sou de uma família onde tenho mais dois irmãos. Meu irmão um ano mais velho que eu era considerado o “pestinha”. Ele sempre tinha uma traquinagem nova e era comum que levasse a culpa por tudo que acontecia de errado, mesmo que não tivesse culpa.
Ele era sempre punido e não bastavam às surras, existiam as palavras que aos poucos foram operando dentro dele, sempre tratado como um rebelde, um delinqüente...
Era “o terrível” em casa, na escola e no trabalho.
Percebo hoje que existia um reforço enorme de crenças negativas direciona a ele.
Sendo assim o que esperar como resposta? Ele apenas seguiu o que era esperado dele sem contrariar nenhuma crença.

As pessoas comumente apenas reagem à vida dando atenção ao que os outros vão pensar, ou ao que os outros dizem a seu respeito, muitos têm uma imagem externa de si esquecendo-se de saber quem são realmente e sem fazer nada a não ser reagir aos estímulos de conceitos como o certo ou errado, deve ou não deve; é esta atitude de reagir que leva aos inúmeros e fortes conflitos vividos durante toda uma existência, causando sofrimento e doenças que perpetuam até a morte.

É perfeitamente possível quebrar este ciclo vicioso, saindo da zona de conforto e entendendo que o ser é livre e que pode escolher o que pensar e como agir deixando de apenas reagir segundo as crenças adquiridas.

O mais importante de tudo isto é saber que cada um pode escolher o que viver e assumir o poder pessoal entendendo que qualquer escolha que faça é uma escolha.
Sendo assim porque não escolher assumir o poder por sua própria vida?

Tania Santiago